O filme "Ainda Estou Aqui" foi indicado ao Oscar 2025, marcando um importante reconhecimento para o cinema brasileiro e a atuação de Fernanda Torres.

A CONSAGRAÇÃO DE UMA HISTÓRIA BRASILEIRA NO CENÁRIO MUNDIAL

"Ainda Estou Aqui" não apenas concorre a prêmios, mas também celebra a força de uma história brasileira que ressoa em todo o mundo. A indicação inédita como Melhor Filme é uma consagração da importância de se revisitar e de se discutir o passado, promovendo a reflexão e o debate sobre temas como a memória, a justiça e os direitos humanos. Este reconhecimento é um marco para o cinema nacional e para a cultura brasileira.

OS RIVAIS NA DISPUTA PELO OSCAR

"Ainda Estou Aqui" competirá com outros filmes aclamados pela crítica e pelo público na disputa pelo Oscar de Melhor Filme. São eles:

• "Anora" • "O Brutalista" • "Um Completo Desconhecido" • "Conclave" • "Duna: Parte 2" • "Emilia Pérez" • "Nickel Boys" • "A Substância" • "Wicked"

A diversidade de temas e de estilos presentes nesta lista demonstra a riqueza e a pluralidade do cinema contemporâneo. A competição promete ser acirrada, mas "Ainda Estou Aqui" já fez história ao garantir a sua presença entre os melhores do ano.

A CERIMÔNIA DO OSCAR E A TRANSMISSÃO NO BRASIL

A cerimônia do Oscar está marcada para o dia 2 de março e será transmitida no Brasil a partir das 21h pelos canais TNT e Max. A expectativa é grande para acompanhar a premiação e torcer por "Ainda Estou Aqui" e por Fernanda Torres. O evento é uma oportunidade de celebrar o cinema e de reconhecer o talento de artistas e de profissionais que se dedicam a contar histórias que nos emocionam e nos fazem refletir.

EUNICE PAIVA: UMA VIDA DEDICADA À LUTA POR JUSTIÇA E MEMÓRIA

Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva, nascida em São Paulo em 1929, é hoje reconhecida como um símbolo da luta contra a ditadura militar. De origem italiana, Eunice estudou no Colégio Sion e se destacou como uma ávida leitora e amiga de grandes escritores, como Lygia Fagundes Telles. Sua paixão pela literatura a levou a ser aprovada em primeiro lugar no curso de Letras da Universidade Mackenzie.

Eunice Paiva se tornou um símbolo das campanhas pela abertura de arquivos sobre as vítimas do regime militar. Ao lado de nomes como Zuleika Angel Jones (Zuzu Angel), Crimeia de Almeida, Inês Etienne Romeu e Cecília Coimbra, ela lutou incansavelmente por verdade, justiça e memória. Sua trajetória é um exemplo de coragem e de perseverança na defesa dos direitos humanos.

A BUSCA INCANSÁVEL PELA VERDADE E PELO RECONHECIMENTO

Após 25 anos de luta incansável, Eunice Paiva finalmente obteve do Estado Brasileiro o atestado de óbito de Rubens Paiva em 1996. Este foi um passo importante para o reconhecimento oficial do crime e para a responsabilização dos culpados. Em novembro de 2012, 41 anos após o desaparecimento de Rubens Paiva, foi encontrada a primeira prova objetiva de seu assassinato: uma ficha que confirmava a sua entrada em uma unidade do DOI-Codi.

A história de Eunice Paiva é um exemplo de que a luta por verdade e justiça pode levar tempo, mas que a persistência e a determinação são fundamentais para se alcançar o reconhecimento e a reparação. Sua trajetória inspira a todos que defendem os direitos humanos e que lutam contra a impunidade.

O LEGADO DE EUNICE PAIVA

Eunice Paiva conviveu com Alzheimer por 14 anos e faleceu em 13 de dezembro de 2018, em São Paulo, aos 86 anos. Seu legado, no entanto, permanece vivo na memória daqueles que a conheceram e que se inspiraram em sua luta. A sua história é um exemplo de coragem, de resiliência e de amor à vida. "Ainda Estou Aqui" é uma homenagem a Eunice Paiva e a todas as mulheres que lutaram contra a ditadura militar em busca de verdade, justiça e memória.

A RELEVÂNCIA DE 'AINDA ESTOU AQUI' NO CONTEXTO ATUAL

A indicação de "Ainda Estou Aqui" ao Oscar de Melhor Filme e de Melhor Filme Internacional é um reconhecimento da importância de se discutir e de se refletir sobre o passado, especialmente em um momento em que a democracia e os direitos humanos estão sob ameaça em diversas partes do mundo. O filme nos lembra da importância de se preservar a memória, de se combater a impunidade e de se defender os valores democráticos.

A MEMÓRIA COMO INSTRUMENTO DE RESISTÊNCIA

A história de Eunice Paiva nos mostra que a memória é um instrumento poderoso de resistência contra a opressão e a injustiça. Ao relembrar o passado, podemos aprender com os erros e construir um futuro mais justo e igualitário. "Ainda Estou Aqui" é um convite à reflexão e ao debate sobre a importância da memória na construção de uma sociedade mais democrática e mais humana.

O CINEMA COMO ESPELHO DA REALIDADE E AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO

O cinema tem o poder de nos emocionar, de nos fazer refletir e de nos inspirar a transformar a realidade. "Ainda Estou Aqui" é um exemplo de como o cinema pode ser utilizado como um instrumento de denúncia, de conscientização e de mobilização social. Ao retratar a história de Eunice Paiva, o filme nos convida a repensar o nosso passado e a construir um futuro mais justo e mais humano.

REFLEXÕES FINAIS SOBRE A INDICAÇÃO DE 'AINDA ESTOU AQUI' AO OSCAR

'Ainda Estou Aqui' é um filme que transcende a tela e se conecta com a realidade, convidando-nos a refletir sobre a importância da memória, da justiça e da luta pelos direitos humanos. A indicação ao Oscar é um reconhecimento da qualidade da produção e da relevância da história que ela conta. Este é um momento de celebração para o cinema brasileiro e para todos aqueles que acreditam na força da arte para transformar o mundo.

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE 'AINDA ESTOU AQUI'

• Qual é a história por trás do filme "Ainda Estou Aqui"? O filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e narra a história de Eunice Paiva, mãe do autor, que lutou contra a ditadura militar após o desaparecimento de seu marido.

• Quem interpreta Eunice Paiva no filme? Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, em uma atuação que lhe rendeu a indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

• Onde posso assistir à cerimônia do Oscar? A cerimônia será transmitida no Brasil pelos canais TNT e Max, a partir das 21h do dia 2 de março.

• Quais são os temas principais abordados no filme? O filme aborda temas como a memória, a justiça, os direitos humanos e a luta contra a opressão.

• Por que a indicação de "Ainda Estou Aqui" ao Oscar é importante? A indicação é importante porque reconhece a qualidade da produção e a relevância da história que ela conta, além de promover a reflexão sobre o passado e a defesa dos valores democráticos.

REFERÊNCIAS

'Ainda Estou Aqui' faz história e é indicado a melhor filme no Oscar 2025. Publicado em 23 de janeiro de 2025.