Avanços na Computação Quântica Russa: Uma Análise Detalhada
Explorando o caminho da Rússia rumo a tecnologias quânticas avançadas e suas implicações futuras.

Rússia: Avanços e Desafios na Computação Quântica
Neste artigo, Ruslan Yunusov do Centro Quântico Russo apresenta os avanços da Rússia em computação quântica, que incluem o desenvolvimento de computadores quânticos de 50 qubits e planos para expansão para 75 qubits até 2025. O país visa superar supercomputadores clássicos até 2030, com foco na precisão dos qubits e na ciência de materiais.
Resumo
Numa entrevista exclusiva à RIA Novosti, Ruslan Yunusov, um dos pilares do Centro Quântico Russo e conselheiro da Rosatom, lançou luz sobre os notáveis avanços da Rússia no campo da computação quântica. Yunusov compartilhou insights sobre os desafios enfrentados, estratégias inovadoras e as metas tecnológicas ambiciosas do país até 2030.
Os objetivos da Rússia na computação quântica são claros e ambiciosos. Com vários computadores quânticos de 50 qubits já desenvolvidos, incluindo sistemas baseados em íons, os russos planejam expandir essa capacidade para 75 qubits até 2025. O objetivo final? Superar os supercomputadores clássicos em cálculos complexos específicos até o final desta década.
Yunusov enfatizou que o progresso russo foi possível devido a três fatores cruciais: uma sólida base na física quântica da era soviética, a presença de jovens talentos científicos e o significativo investimento estatal em infraestrutura de pesquisa. Estes elementos combinados foram determinantes para o rápido avanço da Rússia neste campo altamente competitivo. A Rússia não está apenas se concentrando em aumentar o número de qubits, mas também em melhorar sua precisão.
A estratégia russa para o futuro da computação quântica é multifacetada. Entre os principais objetivos, estão:
Aprimorar a precisão dos qubits, visando uma qualidade de operação de 99,9%.
Avançar na ciência de materiais, essencial para a produção de chips quânticos de ponta.
Formar uma nova geração de especialistas que possam integrar pesquisa acadêmica com aplicação comercial.
Em outubro, Alexei Likhachev, CEO da Rosatom, anunciou a conclusão bem-sucedida de um computador quântico de 50 qubits baseado em íons durante uma reunião com o Presidente Vladimir Putin. Este avanço é uma prova tangível do compromisso da Rússia com o desenvolvimento da tecnologia quântica.
Para garantir o melhor resultado, os cientistas russos estão prototipando dispositivos que usam plataformas alternativas, como supercondutores, fótons e íons. Esta estratégia de diversificação visa identificar a solução mais adequada para diferentes tipos de problemas e aplicações quânticas.
"Alcançar a marca de 50 qubits é um marco psicológico importante, posicionando a Rússia entre as nações capazes de desenvolver tecnologias quânticas avançadas," afirmou Yunusov.
Yunusov reconheceu que as restrições internacionais impuseram obstáculos ao desenvolvimento tecnológico da Rússia. Contudo, ele argumentou que o sucesso do país reside na herança científica da União Soviética e no talento formado nas universidades russas.